quarta-feira, julho 15, 2009

...E a ponta de um torturante band-aid no calcanhar.

Acabo de chegar a conclusão de que sou uma pessoa angustiantemente romântica.

Penso o dia inteiro em personagens apaixonadas de tal forma que só a insanidade explicaria. Isso, claro, se alguém tivesse pedido explicação.


Vejo olhares que se cruzam em inferninhos de neon, homens tristes e mulheres amargas que aplacam sua solidão com amores cortantes e instantâneos, nada além do velho e conhecido amor a primeira vista.

Penso na paixão pelos detalhes, e no fascínio por defeitos que tomam ares de beleza diante de olhos que só conseguem ver o belo. Homens comuns que se tornam poetas diante de suas musas. Eu acredito mesmo que o amor potencializa tudo.

E no fim de toda esta entrega, é o abandono o ponto alto do amor. Tanto sentimento só poderia acabar em desencanto, por falta de argumento ou simplesmente por não conseguir levar adiante um amor tão enlouquecido.

Confesso que, às vezes, eu os até suicido.

Meus amantes morrem, se separam, se cortam, mas todos, levam consigo a experiência do mais primitivo amor. Todos saem pela porta da frente pensando em "São dois pra lá, dois pra cá "prestes a encontrar outro amor ensandecido. É certo que sempre haverá um alguém desolado, uma metade de laranjinha, sentado sozinho ou sozinha num canto de um inferninho de neon...

quarta-feira, julho 01, 2009

Para Janine

Saudade, larga dela e deixe-a caminhar
Eu sei que ela é doce e boa de apertar, mas a menina precisa partir.

Ela precisa ver como brilha o sol de lá. Pois ela, só ela, consegue enxergar a beleza incrustada no caminhar lento e desajeitado dos caracoizinhos que ela ariscamente coleta para depois dissecar.

Assim, pode parecer cruel mas vindo de Janine é doce e até bonito de se olhar.
É claro que eu não vou experimentar, mas o seu amado até no mangue já entrou só para vê-la trabalhar.

Portanto saudade, deixe-a descansar, alivia este coraçãozinho que só tem amor pra dar.


Parabéns querida.