quarta-feira, novembro 30, 2005

Estragos!

E lá se foi a alegria
Pisando forte
Jurando nunca mais voltar.

Levou na mala
Roupas sujas e
Lágrimas não choradas.

Para não contrariar
Abro a última garrafa
E vou de encontro à última gota.

Acordo dando razão
À sua partida e à
Sobra de seus pertences.

E, só por ironia
O dia não está cinza
A luz brilha na minha cara


Muito romântico.
Minha cara partida
Exposta, ferida à luz do dia.


Ai meus ais!
Como pode uma gota
ser tão destrutiva?


O que dói não é o abandono
Sua partida, desde a chegada,
Era esperada.


Mas partidas sem despedidas
Não finalizam nem iniciam nada
Só este poema sem rima e sem graça.