E lá se foi a alegria
Pisando forte
Jurando nunca mais voltar.
Levou na mala
Roupas sujas e
Lágrimas não choradas.
Para não contrariar
Abro a última garrafa
E vou de encontro à última gota.
Acordo dando razão
À sua partida e à
Sobra de seus pertences.
E, só por ironia
O dia não está cinza
A luz brilha na minha cara
Muito romântico.
Minha cara partida
Exposta, ferida à luz do dia.
Ai meus ais!
Como pode uma gota
ser tão destrutiva?
O que dói não é o abandono
Sua partida, desde a chegada,
Era esperada.
Mas partidas sem despedidas
Não finalizam nem iniciam nada
Só este poema sem rima e sem graça.