sexta-feira, julho 16, 2004

Sem mais para o momento

Solta a verborréia que eu quero só dizer.

Não tomarei de fino vocabulário para que dê credito ao que digo.

Escuta como se fosse sua mãe quem diz.

Me dê atenção como se eu estivesse dizendo algo que lhe vá servir de salvação algum dia.

Prefira os meus olhos aos meu lábios, que expressão é fundamental a reza.

Não questione tente enxergar a verdade no que digo ao menos enquanto digo.

Depois pode se esquecer o que eu preciso mesmo é dizer.

segunda-feira, julho 12, 2004

A vingança da carola

Como não matar! Mato sim, matei uma vez e mato de novo!
Eu se fosse você me prenderia e jogava a chave fora. Eu se fosse você teria medo de mim.
Que estou aqui única e exclusivamente para acertar as minhas contas.
Mas a senhora nunca havia matado ninguém antes!!!!
Exatamente... Mas agora que eu matei, eu mato! mato mesmo! Chega de tanta putaria nessa vida.
Esse povo tem que morrer doutor e o senhor também e quer saber do que mais? Eu só não me mato por ainda ter muito o que fazer, depois que tiver matado um bocado de miseráveis por aí eu me mato também.
Ninguém mais é cristão doutor, cristo morreu por uma raça podre, uma mãe viu seu filho sofrer, como um cão, por um monte de excremento.
E mesmo eu doutor, que fui criada quase dentro de uma igreja, devota, não posso me excluir desse monte.
Vou matar sim !!!! Se possível for, eu mato tudo, mato todos!!!!
Vou devolver o sangue que Deus derramou por mim.
Eu não gosto de dívidas!

quinta-feira, julho 08, 2004

Deus que me livre!

Aquilo tudo que eu dizia para ele parecia desviar de seus ouvidos

Eu falava, gritava, balbuciava e nada, ele me ignorava veêmente. Olhava para mim, no fundo dos meus olhos e não dizia nada. Eu me calei. E então ele disse:
- Você tem um cigarro aí?
A voz grave saiu alto. Eu dei um pulo, já estava acostumada com o silêncio, ele ainda me olhava esperando a resposta. Eu abri a bolsa e dei o cigarro.

Ele acendeu e começou a falar sobre como era bom fumar um cigarro em situações como aquela, me ofereceu um trago e disse que quando estava na china não haviam cigarros tão bons como aqui. Eu nem sabia que antes ele havia estado na China.

E ele continuava falando... Muitos dedos amarelam por causa do cigarro mas não os meus... Sente a sensação! Se você puxar devagar você se sentirá mais leve...sabe que o meu cigarro preferido é o Free! Ele quase não deixa odor, apesar de que o cheiro que fica no seu cabelo e tão agradável, dever ser por causa da mistura com o shampoo que você usa... e mais devaneios sobre a porra do cigarro.

Enquanto ele falava em pensava seriamente em parar de fumar. E sobre como eu tinha o péssimo hábito de me envolver com sujeitos estranhos, mas que de todos esse era o pior.

A princípio me parecia o mais normal. Dedo podre esse meu.
Analisando o meu histórico de namorados...

Vamos pelo primeiro, João, quinze anos,garoto desprovido de beleza, mas extremamente carismático,cuidadoso, atencioso. Me ligava de meia em meia hora para saber se eu ainda o amava ou se estava me sentindo bem... Era um rapaz muito preocupado, e sofria de todos os males possíveis, coitado morreu cedo,com dezoito anos.

Tadeu, o segundo, lindo de morrer e sabia disso, se olhava no espelho, fazia biquinho piscava e mandava beijos pra ele mesmo, certa vez, na hora H, eu pego o cara passando a mão na própria bunda, como se já não bastasse o cara gozar mordendo a minha cabeça.

E por último, Felipe, filho da Dona Firmina, muito bacana, mas não tocava meu seios por nada, em hipótese alguma, dizia ele que aquilo era um ato maternal e não sexual, que os seios proviam o alimento e que não deviam ser maculados, e por fim ele me soltou o fatídico argumento. Me vira o sujeito e diz que os meus seios faziam ele se lembrar da mãe, a Dona Firmina.
Deus que desespero! Isso deprime de verdade.

E por fim me vêm esse louco, Matheus, que não parou de falar sobre cigarros até agora!
A única conclusão que eu tiro de toda essa minha catastrófica trajetória é que realmente eu não deveria mais me relacionar com homens cujos nomes sejam de apóstolos. Eles são todos uns insanos.