Gina acordou meio Joy division, mas nenhuma música tocou aquele dia. E era por isso que ela sentia, sabia mesmo, que naquela quinta nada de bom aconteceria.
No trabalho, durante toda amanhã, a moça corria os olhos pelo relógio, ela almoçou sem fome, terminou seu trabalho e saiu sem planos.
No trabalho, durante toda amanhã, a moça corria os olhos pelo relógio, ela almoçou sem fome, terminou seu trabalho e saiu sem planos.
Saiu para dançar sozinha, seu ânimo não merecia amigas, ou combinações, merecia só acabar. Então Gina foi para o Laos, um inferninho onde ela sabia que poderia encontrar conhecidos, gente pouco íntima, o que seria ótimo. Aquele dia deveria passar superficial, sem nenhuma recordação, nada pra lembrar.
A moça bebeu e dançou como se não tivesse mais ninguém ali. Os mais próximos estavam ficando embaraçados com a presença dela, que se mexia parada se debatendo, numa interpretação muito sofrida de tudo que tocava.
Gina não sabia dizer o que realmente a incomodava, mas tinha certeza que deveria fazer passar de alguma forma. À medida que ia dançando a angustia ia aumentando, bem Joy division mesmo, por isso ela sabia que era só aceitar, deixar tudo subir, tomar intensidade, e no momento do ápice uma nota cortante entraria e só assim a música teria fim.
6 comentários:
Captou total o sentimento da música - eu tenho esperado por um guia chegar e me levar pela mão
Tá até difícil de comentar esse texto... Muito triste, muita solidão... Angustiante e bonito. O Lelê falou de música, mas essa parte eu não conheço...
droga... Não conheço direito Joy Division. Atrapalhou a interpretação. Fica como para casa pra mim então.
Te linkei lá no fabsblog, ok? :)
Você disse q ia me mostrar um texto e não mostrou! :p Tô esperando! :)
a gina podeia dormir e acordar de novo, né não?
Podia Fabs mas ela tem insônia! :-)
Bjinhos
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