Puta que pariu! Eu dizia pra mim mesma
Puta que pariu, você deixou o miojo queimar.
Choro...
Saio pra rua sem coragem de olhar a panela queimada e pensando na estupidez de ter saído de casa sem aprender a cozinhar. Puxa que burrice!
A casa é tão pequena mas tem enormes espaços vazios,assim como a rua que apesar de grande parece que não mora ninguém, só apartamentos. Onde estão os moradores, meus vizinhos, eu só vejo portas! Ora quem se importa, nem eu estou lá!
Eu gosto mesmo do metrô, tem o cara lindo que eu gosto de observar dormindo.
Tem a menina da mochila rosa, ah! Como ela cheira bem e aquele velhinho que fala sozinho e sempre diz umas coisas engraçadas.
Às vezes eu me sinto muito insignificante e ás vezes isso me faz bem.
É gratificante passar batido por aí, o mundo dá voltas, os conceitos evoluem e uma vez a cada tempo eu acabo me tornando cool de tão sem graça.
Mas o que pertuba minha vida é a casa torta! Por isso todos os dias eu passo por aqui e vejo se fizeram alguma coisa com ela! Deviam derrubar a porra da casa, casa feia do caralho!
Um dia eu queimo ela, abro um puteiro, chamo o velhinho doido do metrô para ser o porteiro, coloco a menina da mochila rosa para trabalhar e me caso com o cara lindo que dorme!
2 comentários:
Mirocs, adorei esse! Me fez viajar um pouco sobre aquele velho tema "sozinho no meio da multidão" e me fez rir no final!
oi miriam.
bom rever seu blog em ação.
não te liguei pra marcar de encontrarmos pq não ia dar mesmo. não me identifico muito com a dona do puteiro das candongas, mas acho que entendo a sua raiva, se for como me parece, gratuita.
Um beijo.
Thiago
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